Quando saí de tua casa após teres falecido senti... Nao quero trocar uma vida nova pela tua... Nao ter equilibrio na minha vida... Não quero coisas más... Nao quero ter que te perder para poder ter uma filha... Queria ser egoista e ter-vos aos dois na minha vida até eu ter 90... É injusto pensar isso, é injusto que, para sentir a alegria que sinto cada vez que a minha filha me sorri, tenha que sentir a dor de saber que nao viste nenhum dos seus sorrisos...
Não era um dia em especial, não fazias anos ou sequer era uma data comemorativa... liguei te simplesmente por hábito (ainda o faço semi regularmente), a mecânica e a memória de te ligar são difíceis de perder e quer as mãos quer a mente gostam de falhar mesmo sabendo. Mas o estranho nem foi o ligar, o estranho é que atendeste...!? Espera mas... (!?) como é possível teres atendido!? Estarias bem!? Estarias vivo!? Por uns centésimos de segundo perdi as forças, por um espaço no tempo fugiu me o chão e memória pregava me partidas a achar que aquela voz do outro lado parecia mesmo a tua... Olho repetidamente para o telemóvel, vejo a tua cara e ainda quero que sejas tu pedindo para repetir só para te ouvir outra vez.... Mas não... foi apenas uma taquicardia dolorosa na certeza absoluta que tinha sido o fim. Obviamente não eras tu, não consegui ter uma linha direta para onde estás... Apenas deram o teu numero a um estranho... Eu ontem liguei te... mas gostava muito mais que tivesses sido tu a