Avançar para o conteúdo principal

Let's smile some more...

Durante toda a minha vida, sempre reparei no sorriso das pessoas (ou na falta dele em muitos casos) e a soturnidade das pessoas sempre me custou, sempre me custou sentir que as pessoas não tinham razões ou vontade de sorrir. Não fosse pela minha timidez, interpelaria todo um mundo que não sorri e diria algo parvo só para lhes provocar um sorriso por muito momentâneo que fosse.

Com todo o sentimento e honestidade digo a todos que me sinto um total felizardo e por muito que agradeça pela vida que tenho nunca será suficiente, até porque, na minha vida, as razões ou situações que me custaram o sorriso foram muito menores do que as que me fizeram sorrir. E sim, custa-me imenso quando não tenho um sorriso para dar, custa-me não andar com um sorriso rápido, disponível...  no entanto custa-me infinitamente mais não sentir o sorriso das pessoas que me são queridas... ás vezes, até de algumas que não me são queridas 🤦. 

Isto também explica a razão pela qual eu digo tantas parvoíces da boca para fora, porque eu quero... não, corrijo, porque preciso que as pessoas se sintam bem à minha volta, preciso, num estranho altruísmo egoísta, sentir o sorriso de outros, para eu próprio sentir que está tudo bem à minha volta.

E talvez por tudo isto é que a prisão em que vivemos nos dias de hoje é tão estranha, esta condição de condenados à solitária numa prisão sem paredes nem fechaduras, privados de sorrisos, de abraços, do toque humano, onde nem a condição de detento nos permite estar com a restante comunidade reclusa. 

Vivemos todos numa espécie de lepra contagiosa que nos obriga a estar afastado de todos, onde a única marca da doença que temos na pele é a marca das mascaras, que ao mesmo tempo que nos protegem, nos afastam dos sorrisos e das expressões das outras pessoas.

Estou, à semelhança de vocês acredito, ansioso por poder sorrir sem mascara, por poder abraçar, por poder voltar a usufruir da vida como ela deve ser vivida... 

Resta-me terminar isto com um cliché:

... no fim vai ficar tudo bem... 

...se não estiver ainda tudo bem, então é porque não é o fim 😉

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Quando saí de tua casa após teres falecido senti...  Nao quero trocar uma vida nova pela tua...  Nao ter equilibrio na minha vida...  Não quero coisas más...  Nao quero ter que te perder para poder ter uma filha... Queria ser egoista e ter-vos aos dois na minha vida até eu ter 90... É injusto pensar isso, é injusto que, para sentir a alegria que sinto cada vez que a minha filha me sorri, tenha que sentir a dor de saber que nao viste nenhum dos seus sorrisos...

Já não somos 2

Aqui... Sei que estou fisicamente longe de ti... mas sinto-te perto... tão perto que é estranho não te ver... olho em volta, procuro-te.... DIZ-ME ONDE ESTÁS??? sinto-te na minha pele, sinto-te aqui comigo.... Paro... fecho os olhos... sorrio... estás mais perto do que eu pensava... estás comigo... ou melhor , dentro de mim, dentro do meu coração... estás em mim... somos amantes, somos... 1

(Complexamente) Simples...

"Ninguém é tão complexo quanto se acha, mas também nem tão simples." - Uma frase, parece uma simples frase no meio de imensas, no entanto só esta me fez parar... mas só para me perder em mais uma das minhas constantes análises (infrutíferas) à psique humana. O que sou (?), porque o faço o que faço (mas  talvez mais importante), quem sou na realidade, são perguntas que parece que cada vez mais sinto dificuldade em responder. Mas... se ninguém é tão complexo quanto se acha, então talvez, os constantes devaneios etéreos que sinto serem eufemismos de uma tristeza e solidão maior, não são mais do que hipérboles de um ser mimado e exagerado (!?). Recuso-me a esta conclusão, a ser simples ou mediano, não gosto do vazio ou do fácil, preciso de conquistar, de ganhar pela luta. Custa-me pensar ser possível que a sinestesia de sentimentos racionais que sinto seja falsa (?).  Este mal-estar que sinto ser tão complexo e insatisfeito, não pode ser fruto de um coração ou de uma mente...