quinta-feira, julho 20, 2006

Drogas...

Em Lisboa ( floresta de betão ), dei-me conta da realidade tinha-me tornado um toxico-dependente ( leia-se amor-dependente ), eu havia começado a consumir, as chamadas drogas leves, à muitos anos atrás, e sem dar por isso fui-me tornando num consumidor inveterado, destas drogas. Uns “flirts“ aqui e ali, umas pequenas paixões mais a diante... até que um dia encontrei, e sem sequer pensar nas consequências, injectei o Evereste deste tipo de drogas, primeiro pequenas doses e depois doses maiores... havia encontrado o AMOR,

Fui-me injectando regular-me, de modo a evitar a ressaca, até que um dia quase morria de overdose... pensei que era o pior que me havia acontecido na vida, mas... o pior, o verdadeiro mal, ainda estava para vir... a ressaca. A ressaca obriga-me a pensar, não sei em quê, mas em algo, não consigo fazer com que o meu cérebro pare de pensar... fico confuso, eu, uma pessoa com a perfeita capacidade de controlo sobre todo o meu ser... perdi completamente o controlo, não consigo parar de pensar... como é isto possível, em que parte da minha vida é que eu perdi o controlo de mim...? Acho que sei o que preciso... acho que preciso de alguns estalos para acordar... para que eu me aperceba que não estou sozinho neste mundo, não sou o único toxico-dependente... preciso de uma reabilitação, para que me devolvam a vontade de viver...
Essa vontade, perdi-a à cerca de 7 meses atrás, quando cheguei a este antro de podridão... foi então que perdi tudo o que significava algo para mim, perdi a minha família, amigos, a minha aldeia e cidade... mas acima de tudo, o canto dos pássaros pela manhã, a brisa do mar, perdi... a minha VIDA...

Quando eu pensava que era o fim, que a morte se aproximava a galope, os meus anjos salvadores apareceram... pagaram a minha fiança e finalmente pude sair em liberdade... inspiro.... expiro... inspiro... expiro... ...finalmente estou livre...

Sai de Lisboa ainda a ressacar e com a marca de ex-recluso na testa... eu... agora... era um ex-recluso da dor à procura de re-inserção social, no cruel mundo dos sentimentos... mas um ex-recluso é sempre um ex-recluso, e foi com essa discriminação que tive que lidar, e só depois, aprender a viver com ela...
...mas não sei se era de mim, se era algo que as outras pessoas provocavam em mim, se era simplesmente o facto de eu ser um ex-recluso, mas... algo faltava, o meu corpo pedia e desejava ardentemente algo... penso... será isto uma recaída, andava eu novamente à procura desta droga...

3 comentários:

Anónimo disse...

ei, anônimo, posso usar este texto em uma aula de português?

sir_lannder@hotmail.com

Anónimo disse...

o mundo das drogas sempre nos ifluencia
enquanto os jovens naum aprenderema a ter a cabeça no luga naum vai mudar esta situação
mas com foça de vontade qualquer um consegue

luana disse...

como uma pessoa fumar drogas menos eu como sair

Quando saí de tua casa após teres falecido senti...  Nao quero trocar uma vida nova pela tua...  Nao ter equilibrio na minha vida...  Não qu...