segunda-feira, novembro 15, 2010

Cliché


Luz... uff já é dia... felizmente a dificuldade em abrir os olhos não consegue contagiar o sorriso instantâneo, que, apesar de sonolento é aberto e verdadeiro. Ainda em automático procuro-te a meu lado, a realidade no entanto relembra-me que já saíste e que aquele sonho bom que tive, foi um dos teus beijos de bom dia.

Levanto-me, o meu sorriso ganha nova força, o que é estranho pois acordar cedo nunca foi fácil para mim, no entanto hoje em dia acordo, inspiro fundo e sinto-me imediatamente preenchido por um sentimento de calma e felicidade, fazendo com que aquele sorriso que surgiu sem motivo aparente fique durante o dia todo sem que nada nem ninguém o consiga esbater.

Acho que percebi a razão do meu sorriso incessante.

As paixões normalmente fazem-nos agir sem pensar, sem dar importância às consequências, apenas o momento interessa, apenas o próximo encontro, a próxima chamada, mensagem... enfim, mas toda essa ânsia, esse frenesim, que sentimos vai esmorecendo... inclusive em muitos casos simplesmente acaba. Não me interpretem mal, eu próprio achava e esse esmorecer era sempre mau, hoje percebo que não, pelo contrário. Sim porque em alguns casos, muitos deles apenas uma vez na vida, transformam-se e quando isso acontece... é muito bom.

Podia dizer que atingi o nirvana sentimental, ou simplesmente encher este post de chiclés, sim porque o amor é exactamente isso, um conjunto enorme de clichés e situações pirosas/lamechas que nunca vamos ter coragem de admitir que adoramos e fazemos. É dizer frases feitas como, "és o meu sol", ou "és o calor que me alenta", ou ainda "és o meu porto seguro", ou uma tanta infinidade de metáforas sinonimas da importância que tens para mim.

És o meu guilty pleasure que deixei de temer admitir.

Sem comentários:

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